A teoria crítica e o debate sobre microemancipação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.3052

Palavras-chave:

Teoria Crítica, Estudos críticos em administração, Escola de Frankfurt.

Resumo

Este ensaio tem por objetivo analisar o debate sobre microemancipação difundido nos Critical Management Studies, confrontando com os objetivos da teoria crítica no que se refere à emancipação. Metodologicamente buscou-se observar as orientações de Meneghetti (2011) e Bertero (2011) que apresentam reflexões sobre a produção de ensaios no campo dos estudos organizacionais. O conceito de emancipação para teoria crítica é retomado a partir de autores da Escola de Frankfurt. O conceito de microemancipação é discutido a partir do trabalho de Alvesson e Willmott (2010). Posteriormente, é analisado o debate entre intelectuais brasileiros sobre o conceito de microemencipação e sua aderência ao propósito de emancipação presente na teoria crítica. Por fim, argumenta-se que a aceitação do conceito de microemancipação, não implica a negação do ideal de emancipação preconizado pela teoria crítica, ainda que o conceito seja, em alguns casos, utilizado de forma prejudicial ao propósito emancipatório da crítica.

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Biografia do Autor

  • Leonardo Alexandrino de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo
    Doutorando em Adminsitração pela Universidade Federal do Espírito Santo e Administrador da Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Richardson Moro Schmittel, Universidade Federal do Espírito Santo
    Doutorando em Administração pela Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

2020-03-20

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Como Citar

A teoria crítica e o debate sobre microemancipação. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 4, p. e167943052, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.3052. Disponível em: https://ojs34.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3052. Acesso em: 28 jun. 2025.