Uso de cabotegravir na prevenção do HIV durante a gravidez: Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47134Palavras-chave:
Gestantes, Antirretrovirais, Profilaxia pré-exposição.Resumo
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), continua a ser um desafio global significativo, com milhões de casos e mortes desde sua descoberta nos anos 80, afetando predominantemente mulheres e meninas. A terapia antirretroviral (TARV) e a profilaxia pré-exposição (PrEP) são ferramentas cruciais no combate ao HIV, com o cabotegravir injetável (CAB-LA) emergindo como uma nova opção de PrEP de ação prolongada. No entanto, a segurança e eficácia do CAB-LA durante a gravidez ainda são pouco conhecidas, com dados limitados disponíveis. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre a segurança da administração do CAB-LA nas gestantes no uso da PrEP. A metodologia deste estudo incluiu uma busca abrangente nas bases de dados eletrônicas National Library of Medicine (PubMed), Scopus, Embase, Web of Science e sites oficiais restritos aos idiomas inglês e português. Os resultados mostram que apesar de o CAB-LA ter mostrado boa tolerância e eficácia em adultos não grávidas, sua longa meia-vida e persistência no organismo, além da baixa transferência placentária, apresentam desafios para sua utilização em gestantes. Estudos adicionais e um aconselhamento pré-concepcional detalhado são essenciais para compreender melhor os riscos e benefícios do CAB-LA na gravidez. Esta revisão indica que até que mais dados sejam obtidos, o uso do CAB-LA durante a gravidez deve ser abordado com cautela e consideração individualizada.
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