Avaliação da velocidade da marcha de idosos portadores de sarcopenia do sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48368Palavras-chave:
Sarcopenia, Idosos, Velocidade da marcha.Resumo
Introdução: A sarcopenia é uma desordem musculoesquelética progressiva e generalizada, relacionada à redução da massa muscular e capacidade funcional, em que a velocidade de marcha é um meio para a avaliação da sua severidade. Objetivos: Avaliar a velocidade de marcha de idosos sarcopênicos e comparar com resultados da literatura. Materiais e métodos: Estudo realizado no laboratório de ortopedia da Santa Casa de Alfenas e laboratório de desempenho humano da clínica de fisioterapia da Universidade Federal de Alfenas. Critérios de inclusão: mais de 60 anos, SARC-F sugestivo de sarcopenia e teste de preensão palmar indicativo, sem comorbidades. Foram avaliados o questionário sociodemográfico, a velocidade de marcha, e realizados os procedimentos éticos. Resultados: Foram selecionados 20 idosos, 30% obesos, sexo predominantemente feminino; todos apresentavam velocidade de marcha reduzida. Os sedentários, obesos e com fundamental incompleto apresentaram velocidade de marcha inferior. Discussão: O questionário SARC-F avalia o declínio da função muscular, apresenta fácil mensuração e detecta principalmente casos graves, com baixa sensibilidade e alta especificidade. O teste de preensão palmar realiza a avaliação da força muscular, indicando provável sarcopenia em valores abaixo da referência, juntos indicam provável sarcopenia e são suficientes para intervenção na prática clínica, todavia o dado estudo sugere a avaliação da velocidade de marcha complementar, devido à fácil mensuração, capacidade de avaliar o desempenho físico do idoso e predisposição ao declínio funcional. Conclusão: Todos os incluídos no estudo apresentaram velocidade de marcha reduzida. Os grupos com sobrepeso, fundamental incompleto e sedentários apresentaram menor velocidade de marcha.
Downloads
Referências
Abellan Van Kan, G., Rolland, Y., Andrieu, S., Bauer, J., Beauchet, O., Bonnefoy, M., et al. (2009). Gait speed at usual pace as a predictor of adverse outcomes in community-dwelling older people: an International Academy on Nutrition and Aging (IANA) Task Force. Journal of Nutrition, Health & Aging, 13(10), 881-889.
Barbosa-Silva, T. G., et al. (2016). Enhancing SARC-F: improving sarcopenia screening in the clinical practice. Journal of the American Medical Directors Association, 17(12), 1136-1141.
Binotto, M. A., Lenardt, M. H., & Rodríguez-Martínez, M. D. C. (2018). Physical frailty and gait speed in community elderly: a systematic review. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 52, e03392.
Cannataro, R., et al. (2021). Sarcopenia: etiology, nutritional approaches, and miRNAs. International Journal of Molecular Sciences, 22(18), 9724.
Costa, T. B., & Neri, A. L. (2011). Medidas de atividade física e fragilidade em idosos: dados do fibra campinas, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 27(8), 1537-1550.
Cristaldo, M. R. A., et al. (2021). Rastreamento do risco de sarcopenia em adultos com 50 anos ou mais hospitalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 24(2).
Cruz-Jentoft, A. J., & Sayer, A. A. (2019). Sarcopenia (vol 393, pg 2636, 2019). Lancet, 393(10191), 2590-2590.
Cruz-Jentoft, A. J., et al. (2010). Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Report of the European Working Group on Sarcopenia in Older People. Age and Ageing, 39(4), 412-423.
Cruz-Jentoft, A. J., et al. (2019). Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age and Ageing, 48(1), 16-31.
Dhillon, R. J. S., & Hasni, S. (2017). Pathogenesis and management of sarcopenia. Clinics in Geriatric Medicine, 33(1), 17-26.
Faria, Â., et al. (2021). Desenvolvimento das versões portuguesas dos questionários FRAIL Scale e SARC-F: ferramentas de rastreio para a fragilidade física e sarcopenia. Acta Portuguesa de Nutrição, 90-94.
Guedes, R. C., Dias, R. C., Neri, A. L., Ferriolli, E., Lourenço, R. A., & Lustosa, L. P. (2019). Declínio da velocidade da marcha e desfechos de saúde em idosos: dados da rede fibra. Fisioterapia e Pesquisa, 26(3), 304-310.
Harvey, N. C., Odén, A., Orwoll, E., et al. (2018). Medidas de desempenho físico e força muscular como preditores de risco de fratura independente de FRAX, quedas e aBMD: uma meta-análise do estudo de fraturas osteoporóticas em homens (MrOS). J Bone Miner Res, 33, 2150.
Kitamura, A., et al. (2021). Sarcopenia: prevalence, associated factors, and the risk of mortality and disability in Japanese older adults. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, 12(1), 30-38.
Luukinen, H., Koski, K., Laippala, P., & Kivelä, S. L. (1995). Preditores de quedas recorrentes em idosos domiciliares. Scand Journal Prim Health Care, 13, 294.
Maggio, M., et al. (2016). Instrumental and non-instrumental evaluation of 4-meter walking speed in older individuals. PloS One, 11(4), e0153583.
Malmstrom, T. K., et al. (2016). SARC‐F: a symptom score to predict persons with sarcopenia at risk for poor functional outcomes. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, 7(1), 28-36.
Mehmet, H., Robinson, S. R., & Yang, A. W. H. (2020). Assessment of gait speed in older adults. Journal of Geriatric Physical Therapy, 43(1), 42-52.
Mijnarends, D. M., Luiking, Y. C., Halfens, R. J. G., et al. (2018). Músculo, saúde e custos: um olhar sobre sua relação. J Nutr Saúde Envelhecimento, 22, 766–773.
Nishikawa, H., et al. (2021). Screening tools for sarcopenia. In Vivo, 35(6), 3001-3009.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM
Riuzzi, F., et al. (2018). Cellular and molecular mechanisms of sarcopenia: the S100B perspective. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, 9(7), 1255-1268.
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. 2ed. Editora Erica
Silva Alexandre, T., De Oliveira Duarte, Y. A., Ferreira Santos, J. L., Wong, R., & Lebrão, M. L. (2014). Sarcopenia according to the European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) versus Dynapenia as a risk factor for disability in the elderly. The Journal of Nutrition, Health and Aging, 18(5), 547-553.
Stenholm, S., Harris, T. B., Rantanen, T., et al. (2008). Sarcopenic obesity-definition, etiology and consequences. Curr Opin Clin Nutr Metab Care, 11(6), 693-700.
Studenski, S., Perera, S., Patel, K., et al. (2011). Velocidade de marcha e sobrevivência em idosos. JAMA, 305, 50.
Tournadre, A., et al. (2019). Sarcopenia. Joint Bone Spine, 86(3), 309-314.
Woo, J., Leung, J., & Morley, J. E. (2014). Validating the SARC-F: a suitable community screening tool for sarcopenia? Journal of the American Medical Directors Association, 15(9), 630-634.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Arthur Henriques Silva; Gabriel Libério Rocha Gomes; Bárbara Bianca Melo Toledo; Mateus Elias Sant’Anna Ferreira Ribeiro; Eli Ávila de Souza Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.