Pseudomeningocele Iatrogênica: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40570Palavras-chave:
Pseudomeningocele, Adulto, Laminectomia.Resumo
Introdução: Pseudomeningocele iatrogênica consiste na laceração do saco dural resultando em vazamento do líquido cerebroespinhal (LCR) durante cirurgia da coluna vertebral, como reparo para hérnia de disco. Trata-se de um cisto revestido por tecido fibroso e preenchido por LCR, sendo sintomático ou assintomático. Nesse sentido, deve-se ressaltar essa complicação cirúrgica com grandes prejuízos ao paciente, como sintomas álgicos no pós-cirúrgico. Objetivo: Revisão narrativa acerca da literatura publicada sobre o assunto buscando reunir e sintetizar o conhecimento. Método: revisão de literatura com pesquisas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde/MEDLINE, CINAHL, Web of Science e Scopus CAPES, com os descritores do Medical Subject Headings (MeSH): “pseudomeningocele”, “adult”, “laminectomy'', associados pelo operador booleano AND, no período 2005 a 2021. Foram encontrados 92 artigos, sendo 14 duplicados e 5 triplicados. Dos 49 artigos encontrados, 18 foram incluídos, com o objeto de responder a partir da leitura na íntegra, à pergunta norteadora: “Quais as manifestações clínicas, diagnósticos e tratamentos utilizados para identificar, tratar e prever prognóstico para pacientes com pseudomeningocele?”. Resultados e discussão: os casos de pseudomeningocele é assintomática, pequena e regride espontaneamente. Em sintomáticos, manifesta-se por cefaléia, dor lombar e radiculopatia. Trata-se de fatores de risco: técnicas invasivas, uso de acetonido de triancinolona epidural, laminectomia e idade avançada, foraminectomia, abordagem lateral e fusão foram fatores protetivos. O tratamento para assintomáticos é conservador; sintomáticos, recomenda-se a revisão cirúrgica para reparo dural. Conclusão: Portanto, sua compreensão é importante para reduzir a ocorrência e conscientizar os pacientes sobre seu risco durante cirurgias da coluna vertebral.
Downloads
Referências
Ailon T., Smith J. S., Nassr A., Smith et al. (2017). Rare Complications of Cervical Spine Surgery: Pseudomeningocoele. Global Spine Journal,7(1S):109S-114S.
Cademartori M. S., & Prates, C. F. (1974). Divertículos meníngeos pós-cirúrgicos. Arquivos de Neuro-psiquiatria, 32(1), 1-4.
Couture, D., & Branch, C.L (2003). Spinal pseudomeningoceles and cerebrospinal fluid fistulas. Neurosurg Focus, 15 (6), 1-5.
Du, J. Y., Aichmair, A., Kueper, J., Lam, C., Nguyen, J. T., Cammisa, F. P., & Lebl, D. R. (2014). Incidental Durotomy During Spinal Surgery. Spine, 39(22), E1339–E1345.
Ferreira, N. P., & Filho, J. B. T. (1972). Cisto aracnóideo extradural do canal espinhal. Arquivos de Neuro-psiquiatria, 30(3), 1-4.
Hawk, M. W., & Kim, K. D. (2000). Review of spinal pseudomeningoceles and cerebrospinal fluid fistulas, Neurosurgical Focus FOC, 9(1), 1-8.
Hyndman, O. R., & Gerber, W. F. (1946). Spinal Extradural Cysts, Congenital and Acquired. Journal of Neurosurgery, 3(6), 474–486.
Liu, V., Gillis, C., Cochrane, D., Singhal, A., & Steinbok, P. (2013). CSF complications following intradural spinal surgeries in children. Child’s Nervous System, 30(2), 299–305. doi:10.1007/s00381-013-2276-4
Lee, K. S., & Hardy, I. M. (1992). Postlaminectomy Lumbar Pseudomeningocele. Neurosurgery, 30(1), 111–114.
Maiuri, F., Corriero, G., Giamundo, A., Donati, P., & Gambardella, A. (1988). Postoperative cervical pseudomeningocele. Min - Minimally Invasive Neurosurgery, 31(01), 29–31. doi:10.1055/s-2008-1053895
Mokri, B. (2014). Spontaneous CSF Leaks. Neurologic Clinics, 32(2), 397–422.
Moreira, W. R., & Xavier, H. H. C. (2003). Lesão da artéria ilíaca esquerda durante laminectomia lombar: Relato de Caso. Revista Brasileira de Anestesiologia, 53(4), 489-495.
Patel, E., & Perloff, M. (2018). Radicular Pain Syndromes: Cervical, Lumbar, and Spinal Stenosis. Seminars in Neurology, 38(6), 634–639.
Patel, D. M., Weinberg, B. D., & Hoch, M. J. (2020). CT Myelography: Clinical Indications and Imaging Findings. RadioGraphics, 40(2), 470-484.
Paolini S., Ciappetta, P., & Piattella, M. C. (2003). Intraspinous postlaminectomy pseudomeningocele. Eur Spine J, 12, 325–327.
Rege, S. V.; & Patil H. (2016). Iatrogenic lumbar Pseudomeningocele of postoperative lumbar pseudomeningoceles: a report of four cases. Indian J Orthop., 47(4):417–421.
Vialle, L. R., Vialle, E. N., Henao, J. E. S., & Giraldo, G. (2010). Hérnia discal lombar. Revista Brasileira de Ortopedia, 45(1), 17–22.
Wang, L., Yang, X., Wang, H., Chen, Z., Sun, C., & Li, W. (2021). Pseudomeningocele-a rare. Romanian Neurosurgery, 30(3), 413 - 416.
Rinaldi, I., & Hodges, T. O. J. (1970). latrogenic lumbar meningocoele: report of three cases. Neurol. Neurosurg. Psychiat., 33(4), 484-492.
Solomon, P., Sekharappa, V., Krishnan, V., & David, K. S. (2013). Spontaneous resolution complication following thoracic spinal decompression surgery: clinical features, treatment guidelines, technical notes, and evaluation of results. International Orthopaedics, 45(10), 2609–2618.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Laura Ramires Silva; Caroline Pimentel Pessoa; Kelly Regina Torres-da-Silva; Alex Martins Machado; Aline Rafaela da Silva Rodrigues Machado; André Valério da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
