Correção de shunt portossistêmico múltiplo congênito extra-hepático com uso de banda de celofane em cão: Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45342

Palavras-chave:

Vaso anômalo, Shunt portossistêmico, Desvio portossistêmico, Shunt portossistêmico múltiplo extra-hepático, Anomalia circulatória hepática.

Resumo

O desvio portossistêmico (DPS) ou shunt portossistêmico (SPS) é a anomalia circulatória hepática mais comum em cães. Esta doença se dá pela conexão anormal entre a circulação portal e sistêmica que desvia o fluxo sanguíneo do fígado em variados graus. Podem ser extra-hepáticos (SPSEH), exteriores ao parênquima hepático, ou intra-hepáticos (SPSIH), dentro do parênquima hepático. A tomografia computadorizada (TC) é considerado diagnostico padrão ouro na detecção de DPS. Os sinais clínicos de DPS congênito extra-hepático são sintomas referentes ao sistema nervoso central, gastrointestinal e urinário. O único tratamento definitivo para o PDS é o cirúrgico ou a oclusão intervencionista do vaso anômalo. Foi atendido em clínica particular de Brasília-DF uma canina, sem raça definida, com baixo peso corporal e pelagem quebradiça. Foram realizados exames seriados e tomografia de abdômen, da qual sugeriu possível shunt entre veia gástrica esquerda e veias porta e cava. O animal foi encaminhado para cirurgia para a correção de 3 shunts, utilizando a técnica da banda de celofane. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de correção cirúrgica de shunt portossistêmico extra-hepático múltiplo congênito em um canino fêmea, sem raça definida utilizando banda de celofane. A metodologia utilizada foi um estudo observacional descritivo, do tipo relato de caso. O presente artigo concluiu que a correção definitiva dessa alteração é cirúrgica, podendo ser feita com a utilização da banda de celofane, abordagem que tem se mostrado promissora no tratamento de cães acometidos com DPS.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bastos, M. C. (2021). Desvio portossistêmico congênito em cães: revisão de literatura. 32 f. Monografia (Bacharelado em Medicina Veterinária) – Centro Universitário de Brasília, Brasília-DF. https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/15587/1/21650960.pdf

Bertolini, G.; Rolla, E. C.; Zotti, A.; & Caldin, M. (2006). Three-dimensional multislice helical computed tomography techniques for canine extra-hepatic portosystemic shunt assess-ment. Veterinary Radiology & Ultrasound, 47, 439 – 443. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17009503/.

Broome, C. J.; Walsh, V. P.; & Braddock, J. A.(2004). Congenital portosystemic shunts in dogs and cats. New Zealand Veterinary Journal, 52, 154 – 162, 2004. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15726125/.

Bunch, S.E. (1995). Diagnosis and management ot portosystemic shunts in dogs and cats. Veterinary Previews. 4, 2 – 6, 1995.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Feitosa, F. L. F. (2008). Semiologia Veterinária – A arte do diagnóstico. (4a ed.). Roca.

Fossum, T. W. (2014). Cirurgia de pequenos animais. (4a ed.). Elsevier Medicina Brasil.

Fossum, T. W. (2006). Intrahepatic shunts: to cut or to coil? In: 30º World Small Animal Veteri-nary Association World Congress Proceedings. Prague.

Hunt, G. B.; Kummeling, A.; Tisdall, P. L. C.; Marchevsky, A. M.; Liptak, J. M.; Youmans, K. R.; Goldsmid, S. E.; & Beck, J. A. (2004). Outcomes of cellophane banding for congenital portosystemic shunts in 106 dogs and 5 cats. Veterinary Surgery, 33, 25 – 31. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14687183/.

Johson, S. E. (2008). Desvio sanguíneo portossistêmico. In: Tilley, L.P. & Smith Jr, K. W. F. Consulta veterinária em 5 minutos, espécies canina e felina. 3 ed. São Paulo: Manole.

Kummeling, A.; Van Sluijs, J.;& Rothuizen, J. (2004). Prognostic implications of the de-gree of shunt narrowing of the portal vein diameter in dogs with congenital portosystemic shunts. Veterinary Surgery. 33, 17 – 24. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14687182/.

Mankin, K. M. T. (2015). Current concepts in congenital portosystemic shunts. Veterinary Clinics Small Animal, 45, 477 – 487.

Mcaliden, A. B.; Buckley, C. T.; & Kirby, B. M. (2010). Biomechanical evaluation of differ-ent numbers, sizes and placement configurations of ligaclips required to secure cellophane bands. Veterinary Surgery. 39, 59 – 64. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20210946/.

Mehl, M. L.; Kyles, A. E.; Hardie, E. M.; Kass. P. H.; Adin, C. A.; Flynn, A. K.; Cock, H. E.; & Gregory, C. R. (2005). Evaluation of ameroid ring constrictors for treatment for single extrahepatic: 168 cases (1995-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association, 12, 2020 – 2030. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15989185/.

Miranda, I .M. (2017). Desvio portossistêmico - o shunt - em felinos. 28 f. Monografia (Bacharelado em Medicina Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/217510.

Monnet, E. (2003). Pleura and pleural space. In: Slatter, D.H.. Textbook of small animal surgery. (3a ed.). Saunders. 387 – 405.

Monnet, E.; & Smeak, D. D. (2020). Gastrointestinal surgical techniques in small animals. Wiley-Blackwell.

Murphy, S. T.; Ellison, G. W.; Long, M.; & Van Gilder, J. (2001). A comparison of the ameroid constrictor versus ligation in the surgical management of single extrahepatic portosys-temic shunts. Journal of the American Animal Hospital Association, 37, 390 – 396. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11450841/.

Nelson, R. W.; & Couto, C. G. (2015). Medicina interna de pequenos animais. (5a ed.). Elsevier.

Santilli, R. A.; & Gerboni, G. (2003). Diagnostic imaging of congenital porto-systemic shunt in dogs and cats: a review. The Veterinary Journal, 166, 7 – 18. Diagnostic imaging of congenital porto-systemic shunt in dogs and cats: a review.

Santos, M. M. P .L. (2018). Shunt portossistémico em cães. 133 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. https://recil.ensinolusofona.pt/handle/10437/8759.

Santos, R. O.; Sanchez, C. A.; Rocha, R. C.; Mello, M. E.; & Carvalho, A. R. (2014). Shunt portossistêmico em pequenos animais. PUBVET, 18, 2173 – 2291. https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/1635.

Silva, I. A .P. (2015). Trombose da veia porta em animais de companhia: A importância do exame ecográfico no diagnóstico. 87 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Lisboa. https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/8486.

Tisdall, P. L; Hunt, G. B.; Youmans, K. R.; & Malik, R. (2000). Neurological dysfunction in dogs following attenuation of congenital extrahepatic portosystemic shunts. Journal of Small Animal Practice, 41, 539 – 546. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11138852/.

Tobias, K. M. (2007). Desvios portossistêmicos e outras anomalias vasculares hepáticas. In: Slatter D. Manual de cirurgia de pequenos animais. (3a ed.). Manole. 727 – 751.

Weiss, D .J.; & Wardrop, K. J. (2010). Schalm's veterinary hematology. (6a ed.) Hardcover: Wiley-Blackwel.

Yool, D. A.; & Kirb, B. M. (2002). Neurological dysfunction in three dogs and one cat following attenuation of intrahepatic portosystemic shunts. Journal of Small Animal Practice, 43, 171 – 6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11996394/.

Downloads

Publicado

2024-03-24

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas

Como Citar

Correção de shunt portossistêmico múltiplo congênito extra-hepático com uso de banda de celofane em cão: Relato de caso. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e9313345342, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i3.45342. Disponível em: https://ojs34.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45342. Acesso em: 28 jun. 2025.