Análise do potencial cancerígeno da nandrolona, um esteroide anabolizante
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47069Palavras-chave:
Nandrolona, Carcinogênico, Anabolizante.Resumo
Os esteroides androgênicos anabolizantes (EAA) têm sido amplamente utilizados para melhorar o desempenho físico e modificar a aparência corporal, impulsionados pela crescente pressão social por padrões estéticos idealizados. Estudos apontam que o uso de EAAs, especialmente a nandrolona, está associado a uma variedade de efeitos adversos, que incluem complicações cardiovasculares, neuropsiquiátricas e danos celulares com potencial carcinogênico. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar os efeitos carcinogênicos da nandrolona, um dos esteroides anabolizantes mais comuns. Por meio de uma revisão narrativa de estudos quantitativos, foram analisados os riscos envolvidos no uso abusivo dessa substância, com ênfase no desenvolvimento de câncer. Os resultados sugerem que doses elevadas de nandrolona podem causar danos genéticos, além de promover estresse oxidativo em diversos tecidos, o que desempenha um papel significativo na formação de tumores. Portanto, o uso prolongado e indiscriminado da nandrolona é um fator de risco relevante para a saúde, principalmente no que se refere ao desenvolvimento de neoplasias.
Downloads
Referências
Agriesti, F., Ribeiro, A. M., Jardim, A. G., & Caldeira, A. M. (2020). Nandrolone induces a stem cell-like phenotype in human hepatocarcinoma-derived cell line inhibiting mitochondrial respiratory activity. Scientific Reports, 10. https://doi.org/10.1038/s41598-020-58871-1
Brennan, R., Kettle, J., Morgan, P. J., & Wright, H. (2016). The injecting use of image and performance-enhancing drugs (IPED) in the general population: A systematic review. Health & Social Care in the Community, 25(5), 1167-1182. https://doi.org/10.1111/hsc.12326
Carmo, C. A., Gonçalves, Á. L., Salvadori, D. M., & Maistro, E. L. (2012). Nandrolone androgenic hormone presents genotoxic effects in different cells of mice. Journal of Applied Toxicology: JAT, 32(10), 810-814. https://doi.org/10.1002/jat.1701
Conceição, C. A., Braga, L. B., & Cardoso, C. A. (1999). Uso de anabolizantes entre praticantes de musculação em academias. Revista Pesquisa Médica, 33, 103- 116.
Düsman, E., & Santana, S. B. (2012). Principais agentes mutagênicos e carcinogênicos de exposição humana. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, 7(2). https://doi.org/10.17058/sabios.v7n2.943
Frankenfeld, S. P., & Tang, Y. (2014). The anabolic androgenic steroid nandrolone decanoate disrupts redox homeostasis in liver, heart and kidney of male Wistar rats. PLOS ONE, 9(9), e102699. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0102699
Gorczyca, G., Mazurek, U., & Zalewska, M. (2021). Anabolic steroids-driven regulation of porcine ovarian putative stem cells favors the onset of their neoplastic transformation. International Journal of Molecular Sciences, 22(21), 11800. https://doi.org/10.3390/ijms222111800
Ip, E. J., Havens, R. D., & Gomez, A. (2012). Psychological and physical impact of anabolic-androgenic steroid dependence. Pharmacotherapy, 32(10), 948-956. https://doi.org/10.1002/j.1875-9114.2012.01123.x
Kahal, A., Tavakoli, M., & Kassim, F. (2020). Abuse of androgenic anabolic drugs with "cycling" induces hepatic steatosis in adult male mice. Steroids, 155, 108578. https://doi.org/10.1016/j.steroids.2019.108578
Kahal, A., Tavakoli, M., & Kassim, F. (2020). Evolutions in cardiac and gonadal ultra-structure during a "cycle" of androgenic anabolic abuse in adult male mice. Steroids, 155, 108582. https://doi.org/10.1016/j.steroids.2019.108582
Magalhães, S. C., de Oliveira, K. A., Freitas, P. A., et al. (2020). High-dose nandrolone decanoate induces oxidative stress and inflammation in retroperitoneal adipose tissue of male rats. The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, 203, 105728. https://doi.org/10.1016/j.jsbmb.2020.105728
Mullen, C., Mcgowan, M., & Hastings, R. (2020). Anabolic androgenic steroid abuse in the United Kingdom: An update. British Journal of Pharmacology, 177(10), 2336-2350. https://doi.org/10.1111/bph.14995
Patanè, F. G., Ricci, M., & Rizzo, F. (2020). Nandrolone Decanoate: Use, abuse and side effects. Medicina (Kaunas, Lithuania), 56(11), 555. https://doi.org/10.3390/medicina56110555
Petrovic, A., Markovic, D., & Stanisavljevic, S. (2022). Anabolic androgenic steroid-induced liver injury: An update. World Journal of Gastroenterology, 28(26), 3683-3694. https://doi.org/10.3748/wjg.v28.i26.3683
Piacentino, D., Murabito, P., & Arcadi, A. (2015). Anabolic-androgenic steroid use and psychopathology in athletes: A systematic review. Current Neuropharmacology, 13(1), 123-135. https://doi.org/10.2174/1570155X13666141212113852
Pozzi, R., Fernandes, K. R., de Moura, C. F., & et al. (2013). Nandrolone decanoate induces genetic damage in multiple organs of rats. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, 64(3), 514-518. https://doi.org/10.1007/s00244-012-9848-2
Riezzo, I., Turillazzi, E., Bello, S., & et al. (2014). Chronic nandrolone administration promotes oxidative stress, induction of pro-inflammatory cytokine and TNF-α mediated apoptosis in the kidneys of CD1 treated mice. Toxicology and Applied Pharmacology, 280(1), 97-106. https://doi.org/10.1016/j.taap.2014.06.031
Silva, P. R. P. da. (2002). Esteróides anabolizantes no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 8(6), 261-267. https://doi.org/10.1590/S1517- 86922002000600008
Stojko, M., Lubiak, K., & Kowalskya, M. (2023). Innovative reports on the effects of anabolic androgenic steroid abuse—How to lose your mind for the love of sport. Medicina, 59(8), 1133. https://doi.org/10.3390/medicina59081133
Thirumalai, A., & Anawalt, B. D. (2022). Androgenic steroids use and abuse: Past, present, and future. The Urologic Clinics of North America, 49(4), 561-573. https://doi.org/10.1016/j.ucl.2022.06.005
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Júlia Nascimento Legatti ; Giovana Vilela Rocha; Nathalia Moreira Pereira; Hugo Sanchez Gomes; Isabela Ceccato de Sousa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.