Emergência da resistência antimicrobiana em animais de estimação: Uma revisão narrativa da literatura e suas implicações para a Saúde Pública
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47090Palavras-chave:
Resistência antimicrobiana, Animais domésticos, Antimicrobianos em Veterinária, Saúde Pública Veterinária.Resumo
A resistência aos antimicrobianos (RAM) tem se tornado uma preocupação crescente na saúde animal e humana, afetando o tratamento eficaz de infecções bacterianas. Este estudo tem como objetivo revisar o impacto da RAM em animais de companhia, particularmente cães e gatos, e suas implicações para a saúde pública. A metodologia utilizada envolveu uma revisão narrativa da literatura, com busca em bases de dados como Google Scholar, PubMed, ScienceDirect e Scielo, bem como documentos de organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Os resultados indicam que o uso inadequado de antibióticos em clínicas veterinárias tem promovido a seleção de cepas bacterianas resistentes, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Escherichia coli produtora de β-lactamase de espectro estendido (ESBL), que representam riscos tanto para a saúde animal quanto humana. Além disso, a proximidade entre animais de estimação e humanos facilita a transmissão de microrganismos resistentes. O tratamento da RAM exige uma abordagem integrada de Saúde Única, que considera as interconexões entre saúde animal, humana e ambiental. Estratégias de controle, como o uso racional de antibióticos, o desenvolvimento de programas de controle de infecções em hospitais veterinários e a educação contínua de veterinários, são essenciais para mitigar a propagação da resistência antimicrobiana. A pesquisa sugere a necessidade de mais estudos sobre terapias alternativas, como o uso de probióticos e vacinas, para prevenir infecções e reduzir a dependência de antimicrobianos.
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