Recursos fisioterapêuticos para o tratamento de pré e pós-operatório de prolapso uterino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i10.47139Palavras-chave:
Terapêuticos, Pré-operatório, Pós-operatório, Prolapso uterino, Incontinência urinária, Assoalho pélvico.Resumo
Introdução: O prolapso uterino é uma condição caracterizada pelo deslocamento do útero de sua posição usual, descendo em direção à vagina devido ao enfraquecimento dos músculos e ligamentos que o sustentam. Afeta até 50% das mulheres paridas, com 14% a 19% das mulheres submetidas a uma correção cirúrgica. Objetivo: Analisar os recursos fisioterapêuticos para o tratamento de pré e pós-operatória de prolapso uterino. Metodologia: Tipo de estudo sistemático e descritivo, a coleta de bases de dados SciELO e LILACS, PEDro abrangendo o período de 2015 a 2024. Resultados: Foram encontrados 44 títulos, destes, 10 artigos corresponderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos, sendo 05 PEDro, 03 do LILACS e 02 do SciELO, destes estudos, 2 são do tipo ensaio clínico randomizado controlado, 2 são estudo controlado randomizado, 1 de coorte retrospectiva, 1 Questionário Pelvic Organ Prolapse/Incontince Sexual Questonnaire-IUGA Revised (PISQ-IR), 1 estudo clínico, 1 estudo de caso, 1 estudo transversal e 1 estudo observacional prospectivo, 4 foram publicados em inglês, e 6 em português, abordando os recursos fisioterapêuticos para o tratamento de pré e pós-operatória de prolapso uterino. Conclusão: Conclui-se que os estudos voltados especificamente para o tratamento de prolapso uterino são escassos, porém, por meio das literaturas evidenciadas de Prolapso de órgãos pélvicos e complicações como incontinência urinária, pode-se compreender como as intervenções da fisioterapia podem influenciar na recuperação nos períodos pré e pós-operatório de forma positiva e eficaz.
Referências
Abdelhakim, A. M. et al. (2020). Antenatal perineal massage benefits in reducing perineal trauma and postpartum morbidities: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. International Urogynecology Journal, 31(9), 1735–1745, set.
Aguiar, J. S, De Souza, K. D., Lopes, J. V. N., Lopes, M. C. S., Bezerra, E. A. G., Dos Santos, T. A. X., ... & Júnior, M. A. B. (2022). Perfil dos pacientes com incontinência urinária atendidos na área de fisioterapia uroginecológica em uma clínica escola. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11(13), e337111335221-e337111335221.
Araujo, J. E. L et al. (2020). Abordagem fisioterapêutica na reabilitação da musculaturado assoalho pélvico em mulheres com prolapso genital. Fisioter Bras. 21(4):388-95.
Baracho, E. (2018). Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Barros, C. R., Machado, R. B., De Camargo, A. C. M., & Gollop, T. R. (2021). Avaliação da Qualidade de vida com P-Qol em mulheres submetidas ao tratamento de prolapso de órgãos pélvicos com pessário. Revista Multidisciplinar da Saúde, 3(4), 29-42
Bonacin, M. A. P. (2016). Avaliação da função dos músculos do assoalho pélvico antes e após cirurgia para prolapso de órgãos pélvicos (POP). (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Brito, L. G, Castro, E. B, & Juliato, C .R. (2018). Prolapso dos órgãos pélvicos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). (Protocolo Febrasgo – Ginecologia, nº 65/Comissão Nacional Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal).
Cardoso, G. G et al. (2018). Protocolo de exercícios de kegel associado à eletroestimulação no tratamento pós bartolinectomia: um estudo de caso. Revista interdisciplinar de promoção da saúde. 1(3).
Carroll L., O' Sullivan C., Doody C., Perrotta C., & Fullen B. (2022). Pelvic organ prolapse: The lived experience. The lived experience. PLoS One (17(11). Journal.pone.0276788. Editor: Antonio Simone Laganá, University of Palermo, ITALY. August 10,. Published: November 2, 2022. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0276788
Castro R. A., & Haddad J. M. (2015). Tratamento do prolapso genital. In: Haddad JM, coordenador. Manual de uroginecologia e cirurgia vaginal. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). p. 8-19.
Ceprnja D, Gupta A. (2018). Does muscle energy technique have an immediate benefit for women with pregnancy‐related pelvic girdle pain?. Physiother. Res. Int. [internet].;24(1):1-7. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/pri.1746.
Coelho S. C. A., de Castro E. B., & Juliato C. R. (2016). Female pelvic organ prolapse using pessaries: systematic review. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct.;27(12):1797-803.
Dantas, H. G.A . O. et al. (2021). Manual para o ensino da fisioterapia na saúde da mulher com a utilização de metodologias ativas. / Hanna Graziela Arcanjo de Oliveira Dantas, Juliany Silveira Braglia César Vieira, Julianna de Azevedo Guendler. – Recife: Do Autor.
Dieb, A. S., Shoab, A. Y., Nabil, H., Gabr, A., Abdallah, A. A., Shaban, M. M., & Attia, A. H. (2020). Perineal massage and training reduce perineal trauma in pregnant women older than 35 years: a randomized controlled trial. International urogynecology journal, 31(3), 613–619.
Duarte, T. B. (2017). Eficácia do treinamento dos músculos do assoalho pélvico associado à cirurgia para prolapsos de órgãos pélvicos (POP) em mulheres: ensaio clínico randomizado e controlado. (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Faiz, O.; Blackburn, S.; & Moffat, D. (2013). Anatomia Básica: Guia ilustrado de conceitos fundamentais. (3. ed.). Manole.
Farias, A. X.; Mariano, K. S.; & Silva, K. C. C. (2022). The effectiveness of kinesiotherapy in pelvic organ prolapse in women. Research, Society and Development, [S. l.], 11(13), e486111335695. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35695.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). (2021). Prolapso dos órgãos pélvicos. São Paulo: FEBRASGO; (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 51/ Comissão Nacional Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal).
Freitas, L. P. G. (2023). Tradução e validação em português do questionário Impacto do Prolapso de Órgãos Pélvicos, da Incontinência Urinária e da Incontinência Fecal na Função Sexual Feminina. (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Horst, W. (2015). Prolapsos de órgãos pélvicos: prevalência e fatores de risco em uma população brasileira. Orientador Dr. Jean Carl Silva-Joinville: Univille. Dissertação (Mestrado em Saúde Meio Ambiente Universidade da Região de Joinville). https://www.univille.edu.br/account/ppgsma/VirtualDisk.html?action=readFile&file=Dissertacao_Final_WagnerHorst.pdf¤t=/Dissertacoes_completas
Homola, P.; Germund, H.; & Košťál, M. (2021). Sacrospinous hysteropexy - an alternative in primary surgical treatment of apical compartment prolapse. Ceska Gynekol. Praga, 86(3), 200-204.
Jelovsek, J. E. et al. (2018). Effect of uterosacral ligament suspension vs sacrospinous ligament fixation with or without perioperative behavioral therapy for pelvic organ vaginal prolapse on surgical outcomes and prolapse symptoms at 5 years in the optimal randomized clinical trial. JAMA, Chicago, 319(15), 1554-1565.
Larosa, P.R.R. (2018). Anatomia humana: texto e atlas. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Leite, N. M. (2022). Conhecimento de brasileiras acerca da fisioterapia em saúde da mulher: um estudo transversal. (Bachelor's thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Maher C., Feiner B., Baessler K., Christmann-Schmid C., Haya N., & Brown J. (2016). Surgery for women with apical vaginal prolapse. Cochrane Database Syst Rev. 1;10:CD012376.
Meyer I., McGwin G., Swain T. A., Alvarez M. D., Ellington D. R., & Richter H. E. (2016). Synthetic graft augmentation in vaginal prolapse surgery: longterm objective and subjective outcomes. J Minim Invasive Gynecol.;23(4):614-21.
Meriwether, K. V. et al. (2019). Uterine-preserving surgeries for the repair of pelvic organ prolapse: a systematic review with meta-analysis and clinical practice guidelines. Int Urogynecol J, London, 30(4), 505-522.
Moreno, L. M. (2021). Eficácia da cinesioterapia no tratamento de prolapso de órgãos pélvicos em mulheres. Brazilian Journal of Development, Curitiba, 7(1), 10225-10242.
Nagamine, B. P., & Silva, K. C. C. (2021). A utilização dos massageadores perineais e dilatadoresvaginais como métodos de tratamento fisioterapêutico nas Disfunções Pélvicas: Vaginismo e Dispareunia. Research, Society and Development, 10(6), e41710616028
Neto, C., & Felippe, I. J. (2020). Resultados de estudo prospectivo, randomizado entre o emprego do agente de preenchimento anal com partículas de copolímero de poliacrilato-poliálcool e a eletroestimulação endoanal no manejo da incontinência anal leve e moderada. (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Oliveira, J. G. de, Mendes, J. M., Santana, Z. P., Oliveira, M. A. S., & Araujo, L. M. (2021). A Atuação Do Fisioterapeuta No Pré-Parto, Parto E Pós-Parto: Uma Revisão Integrativa. Práticas e Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 2, e10875. https://www.revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/10875
Oliveira S. A., Fonseca M. C. M., Bortolini M. A. T., Girão M. J. B. C., Roque M. T., & Castro R. A. (2017). Hysteropreservation versus hysterectomy in the surgical treatment of uterine prolapse: systematic review and metaanalysis. Int Urogynecol J.;28(11):1617-30.
Pires, R. D. O. (2022). Resultados cirúrgicos da histeropexia sacroespinhosa para tratamento do prolapso uterino sem uso de tela sintética: uma coorte histórica.
Ptak M, Ciećwież S, Brodowska A, Starczewski A, Nawrocka-Rutkowska J et al. (2019). The Effect of Pelvic Floor Muscles Exercise on Quality of Life in Women with Stress Urinary Incontinence and Its Relationship with Vaginal Deliveries: a randomized Trial. BioMed Research International [internet].;1-7. https://www.hindawi.com/journals/bmri/2019/5321864/.
Ruth, E. O. C.; Medeiros, M. V. da S.; & Souza, T. B. V. de. (2022). Prevalência do prolapso de órgãos pélvicos e a sua associação com alteração da estética vaginal e disfunção sexual em mulheres no pós-parto: uma visão do profissional fisioterapeuta. Universidade Positivo – UP. Acesso Aberto. https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/jspui/handle/123456789/5632
Saputra, A. N. D.; et al. (2022). The difference in collagen type-1 expression in women with and without pelvic organ prolapse: a systematic review and meta-analysis. Int Urogynecol J, London, 33(7), 1803-1812.
Santana, S. M. O. (2018). Desenvolvimento de um biofeedback pressórico wireless para uso nos distúrbios do assoalho pélvico. Attena Repositório Digital – UFPE. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33610.
Santos, M. R; Pereira, R. T .J. G; & Sá, M. C. (2021). Fortalecimento do assoalho pélvico em mulheres no puerpério como alternativa no tratamento de incontinência urinária de esforço. Rev. Saúde dos Vales. https://www.revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2021/628. Acesso em: 10 março 2024
Sangsawang, B.; & Sangsawang, N. (2016). Is a 6-week supervised pelvic floor muscle exercise program effective in preventing stress urinary incontinence in late pregnancy in primigravid women?: a randomized controlled trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. Feb;197:103-10. doi: 10.1016/j.ejogrb.2015.11.039. Epub 2015 Dec 2. PMID: 26720598.
Silva, M. P .P.; Marques, A. de A.; & Amaral, M. T .P. (2019). Tratado de fisioterapia em saúde da mulher. (2. ed.). Roca.
Silva, N. C. S. & Livramento, R. A. (2023). Intervenção Da Fisioterapia Pélvica No Tratamento Do Prolapso Genital: Revisão Integrativa. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(5), 3402–3414. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n5p3402-3414
Taketomi, M. S. N.; Silva, L. C. N. da.; & Fernandes, G. P. M. (2023). Assessment of the level of knowledge about physical therapy approach in pelvic floor dysfunctions in women in the city of Santarém-PA. Research, Society and Development, [S. l.], 12(1), e20912139201. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.39201. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39201.
Tortora, G. J; & Nielsen, M. T. (2017). Princípios de anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Amabelis Rayana Amaral Vieira; Camila Coelho de Jesus ; Eleilton Souza de Jesus; Israel Salanova Medeiros; Jéssica Aline Fonseca da Silva; Felipe Éden Souza de Oliveira; Pabloena da Silva Pereira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.