Efeitos da Pressão Positiva Contínua as Vias Aéreas (CPAP) em indivíduos com Hipertensão Arterial Sistêmica e condição clínica de Apneia Obstrutiva do Sono: Revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i1.48007Palavras-chave:
Apneia obstrutiva do sono, Hipertensão arterial sistêmica, Pressão positiva contínua nas vias aéreas.Resumo
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada por obstruções recorrentes durante a noite que interrompem a passagem de ar e provocam queda na saturação de oxigênio a qual repercute em distúrbios neurológicos e cardiovasculares. Entre eles, incluímos aumentos recorrentes da pressão arterial que é dado por uma resposta simpática da hipoxemia refratária a apneia obstrutiva do sono. O tratamento para apneia do sono é realizado com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), seu uso constante impede picos noturnos hipertensivos, os quais podem auxiliar na terapêutica da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). O objetivo desse estudo foi avaliar se o uso de CPAP para correção da SAOS reduz a pressão arterial de indivíduos com HAS. O estudo foi uma revisão de literatura de caráter exploratório, no qual foram realizadas buscas nas bases de dados eletrônicas Scielo, PubMed e Lilacs, de artigos indexados nos idiomas inglês e português, entre os períodos de 2012 a 2022. Os descritores utilizados para a pesquisa foram selecionados de acordo com as listas DeCS e MeSH, pela lista DeCS: apneia obstrutiva do sono, hipertensão arterial sistêmica e pressão positiva contínua nas vias aéreas e em conformidade com a lista MeSH: Sleep Apnea Obstructive, Hypertension, Continuous Positive Airway Pressure. Foram encontrados 9 artigos que passaram pelos critérios de inclusão e não inclusão estabelecidos pelos autores e foram analisados quanto às principais informações. Desses, 6 artigos apontaram benefícios em relação ao uso do CPAP para correção da SAOS e da HAS, porém o uso da pressão positiva ainda é controverso, pois existem muitos fatores que interferem na adesão do tratamento, o que por sua vez, não surte o efeito fisiológico esperado para o tratamento de ambos os diagnósticos. Ressalta-se a necessidade de mais estudos na área para analisar de forma mais efetiva a repercussão do uso do CPAP para o tratamento coadjuvante da HAS.
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