Derivados vegetais com potencial antineoplásico: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48366Palavras-chave:
Vegetais, Anti-neoplásico, Terapêutica.Resumo
O tratamento de neoplasias é um grande desafio médico, e a busca por novas moléculas com potencial antineoplásico é essencial para avançar nas opções de prevenção e tratamento. Os vegetais têm se destacado como fontes promissoras de compostos anticâncer, mas o consumo concomitante de fitoterápicos e medicamentos convencionais pode gerar interações medicamentosas perigosas. No Brasil, a rica biodiversidade e o uso tradicional de plantas medicinais conferem grande importância aos fitoterápicos, mas é necessário comprovar cientificamente seus efeitos. Fármacos como vincristina, vinblastina e taxol, derivados de plantas, já são utilizados em quimioterapia antineoplásica. Este trabalho realizou um levantamento bibliográfico retrospectivo para destacar o potencial antineoplásico de derivados vegetais, selecionando 14 artigos publicados nos últimos 5 anos. As bases de dados utilizadas foram SciELo, PubMed, Google Acadêmico e os Periódicos da CAPES. Foram pesquisados artigos de autores nacionais e internacionais sobre o uso de derivados vegetais com potencial antineoplásico. Produtos naturais como triterpenóides, curcumina, isotiocianatos e sulforafano têm demonstrado atividade anticancerígena, modulando o ciclo celular e induzindo apoptose. No entanto, limitações como baixa biodisponibilidade e instabilidade dificultam sua aplicação terapêutica. A curcumina, por exemplo, enfrenta desafios devido às suas propriedades físico-químicas. Apesar das evidências promissoras, é necessário realizar mais pesquisas e ensaios clínicos randomizados para garantir a eficácia, segurança e o entendimento das interações medicamentosas desses compostos no tratamento do câncer.
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