Perfil epidemiológico dos óbitos maternos por hemorragia pós-parto no Brasil entre 2000 e 2023
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48444Palavras-chave:
Hemorragia pós-parto, Mortalidade materna, Perfil de saúde.Resumo
Introdução: A hemorragia pós-parto (HPP), importante causa de mortalidade materna, é evitável, mas continua a afetar mulheres devido a complicações e diagnósticos inadequados. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos por HPP no Brasil no período de 2000 a 2023. Metodologia: Estudo ecológico, de séries temporais, com abordagem quantitativa, realizado com dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. As unidades de análise foram os 26 estados e Distrito Federal do Brasil. A população estudada compreendeu todos os óbitos maternos registrados no SIM, cuja causa pela CID-10 foi a O72 - HPP. Utilizou-se a estatística descritiva na análise das variáveis categóricas nominais e ordinais. Não houve necessidade de apreciação pelo Sistema CEP/CONEP e consideraram-se as orientações da iniciativa STROBE. Resultados: Foram analisados 2.405 óbitos por HPP no Brasil, com aumento nas notificações em 2015 e 2018. A partir de 2016, as mortes começaram a diminuir. A maioria dos óbitos ocorreu durante o puerpério (57%), afetando principalmente mulheres entre 20 e 39 anos, com baixa escolaridade, e a maioria dos óbitos ocorreu em hospitais. Conclusão: A mortalidade materna por HPP no Brasil está associada a falhas no sistema de saúde, especialmente no preenchimento de fichas de óbito, e à baixa qualidade do atendimento pré-natal. O fortalecimento da educação em saúde e a capacitação profissional são essenciais para melhorar o cuidado às gestantes e reduzir as taxas de mortalidade.
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