Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) como disfunção cardíaca sob controle do Exercício Físico (EF) entre adultos e adultos no envelhecimento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48449Palavras-chave:
Hipertensão arterial, Envelhecimento, Exercício físico, Efeitos.Resumo
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é caracterizada por alto nível pressórico da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, transitando acima da pressão arterial (PA), com valor padrão igual a 120/80, capaz de provocar lesões no coração, cérebro e rins. Fatores hereditários não modificáveis, como histórico familiar, danificação dos mecanismos endoteliais, estreitamento dos vasos sanguíneos, veias e artérias, sugerem efeitos deletérios, provocando a redução da produção de vasodilatadores, como o óxido nítrico e L-arginina. Por outro lado, os fatores modificáveis adquiridos em fases avançadas do ciclo vital, associadas ao tabagismo, alcoolismo, dieta nutricional e condições socioeconômicas. O presente artigo tem por objetivo abordar por meio de revisão de literatura a HAS, os efeitos hemodinâmicos e o envelhecimento. Alguns estudos fazem parte dessa revisão, pois abordam a eficiência do EF na estabilização da PA, como resposta hemodinâmica, para isso, foram consultados 154 artigos, 13 pelo critério de elegibilidade, com datas entre 2018 e 2024, nas bases de dados: BVS, Lilacs, Cielo, JCR, Bireme, PubMed, Scopus e Pedro. Como resultado, os efeitos do EF se constituíram em um mecanismo estabilizador da PA, por até 48hs.
Referências
ACSM. (2020). Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforços e sua Prescrição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Amaral, S. L., Zorn, T. M. T., & Michelini, L. C. (2000). Exercise normalizes wall-to-lumen ratioof the gracilis muscle arterioles and reduces pressure in spontaneously hypertensive rats. J Hypertens.18, 1563-72.
Amaral, S. L, Silveira, N. P., Zorn, T. M. T., & Michelini, L. C. (2001). Exercise training causesskeletal muscle venular growth and alters hemodynamic responses in spontaneously hypertensive rats. J Hypertens.19(5), 931-40.
Amaral, S. L., Papanek, P. E., & Greene, A. S. (2001). Angiotensin II and VGEF are involved in angiogenesis induced by short-term exercise training. Am J Physiol Heart Circ Physiol.281, H1163-9.
França, T. R., Fortes, Z. B., & Michelini, L. C. (2001) Altered sensitivity to norepinephrine after training in SHR skeletal muscle arterioles. Hypertension .37, 1009.
Brasil. (2006). Hipertensão arterial sistêmica Caderno Atenção Básica, nº 15, Brasília: Ministério da Saúde.
Bristow, M. R. (1999) Mechanisms of developmentof heart failure in the hypertensive patient. Cardiology 92(suppl 1), 3-6,
Burt, V. L., Culter, J.A., & Higgins, M. et al. (1995) Trends in the prevalence, awareness,treatment, and control of hypertension in the adult US population: data from the health examination surveys, 1960 to 1991. Hypertension 26: 60-9,.[Erratum, Hypertension 27, 1192, 1996.]
Bueno, J. C. A. et al. (2019) Comportamento hemodinâmico e perceptual em idosas submetidas a uma sessão de diferentes protocolos do método pilates. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 13(8), 481-92. https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1701/1220.
Brum, P.C.et al. (2000) Exercise training increases baroreceptor gain sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension. 36, 1018-22.
Casarin, S. T. et al. (2020). Tipos de revisão de literatura: considerações das editoras do Journal of Nursing and Health. Journal of Nursing and Health. 10(5). https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/19924.
Cassiano, A.N. et al. (2020). Efeitos do exercício físico sobre o risco cardiovascular e qualidade de vida em idosos hipertensos. Ciência & Saúde Coletiva. 25(6). https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.27832018.
Cavalcante, L. T. C. & Oliveira, A. A. S. (2020). Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicol. Rev. 26(1).
https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p82-100.
Cornelissen, V. A., & Smart, N. A. (2013). Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta-analysis. J AmHeart Assoc.; 2(1), e004473-e004473.
Ceravolo, G. S.et al. (2012). Papel dos principais componentes na gênese da hipertensão arterial: endotélio vascular. In: Brandão, A. A.; Amodeo, C.; Nobre, F. Hipertensão. (2. ed.). Editora Elsevier. cap, 10, p. 79-89, 511p.
Collucci, W. S., & Braunwald, E. (2001). Pathophysiology of heart failure. In: Braunwald E, Zipes DP, Library P. (6th ed.). Saunders Company, 2001. Cap. 16, p. 503-33.
Eches, E. H. P. et al. (2018) Twenty minutes of post-exercise hypotension are enough to predict chronic bloodpressure reduction induced by resistance training in older women. Motriz.
França, T. R., Fortes, Z. B., & Michelini, L. C. (2001). Altered sensitivity to norepinephrine after training in SHR skeletal muscle arterioles. Hypertension .37,1009.
Flammer, A. J., & Lüscher, T. F. (2010). Treme decades of endothelium research: from the detection of nitric oxide to the everyday implementation of endothelial function measurements in cardiovascular diseases. Swiss Med Wkly.;140:w13122.
Freitas, R. M. G., Junior, G. C. C., & Franzini Junior, C. A. A. (2019). Fisioterapia no tratamento de sarcopenia em idoso. In: Seminário científico e cultural de Ajes. Faculdade do Norte de Mato Grosso.
Fleck, S. J., & Dean, L. S. (1987). Resistance-training experience and the pressor response during resistance exercise. J Appl Physiol.63(1), 116-20.
Galvão, A. L. B., Palazzo, E. L., Pinto, M. L., & Vieira, M. C. (2014). Importância da inflamação na hipertensão arterial: revisão: nucleus animalium, 6(1).
Ganjeh, B. J. et al. (2024). Effects of aerobic exercise on blood pressure in patients with hypertension: a systematic review and dose-response meta-analysis of randomized trials. Hypertension research. 47(2), 385-98. doi: 10.1038/s41440-023-01467-9.
Gava, N.S., Véras-Sliva, A.S., Negrão, C.E., & Krieger, E.M. (1995). Low-intensity exercise training attenuates cardiac b-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats. Hypertension. 26, 1129-33.
Gargallo, P. et al. (2022). Minimal Dose of Resistance Exercise Required to Induce Immediate Hypotension Effect in Older Adults with Hypertension: Randomized Cross-Over Controlled Trial. Int. J. Environ. Res. Public Health. 19(21), 14218. doi: 10.3390/ijerph192114218.
Halliwill, J. R. (2001). Mechanisms and clinical implications of post-exercise hypotension in humans. Exerc Sport Sci Rev.; 29(2), 65-70.
Hagberg, J. M., Montain, S. J., & Martin, W. H. et al. (1989). Effect of exercise training in 60-to-69-years-old persons with essential hypertension.Am J Cardiol. 64, 348-53.
Issurin, V. (2008). Block periodization versus traditional training theory: a review. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. 48(1), 65.
Juan, P. & Xianyi, Z. (2023). Aerobic exercise effects on the health management of elderly patients with chronic diseases. Rev Bras Med Esporte. 29. https://doi.org/10.1590/1517-8692202329012022_0787.
Kiely, J. (2018). Periodization Theory: Confronting an Inconvenient Truth. Sports Medicine. 48(4), 753–64.
Lim, S. S., Vos, T., & Flaxman, A. D. et al. (2012). A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions, 1990-2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study. Lancet. 380(9859), 2224-60.
Maciel, B. C. (2001). A hipertrofia cardíaca na hipertensão arterial sistêmica: mecanismo compensatório e desencadeante de insuficiência cardíaca. Rev Bras Hipertens. 8(4).
MacDonald, J.R. (2002). Potential causes, mechanisms, and implications of post exercise hypotension. J Hum Hypertens.; 16(4), 225-36.
MacDougall, J.D. et al. (1985). Arterial blood pressure response to heavy resistance exercise. J Appl Physiol. 58(3), 785-90.
Mutti, L. C. et al. (2010). Efeito Hipotensivo do Treinamento de Força em Homens Idosos. Rev Bras Cardiol. 23(2), 111-5.
Negrão, C. E., & Pereira, B. A. C. (2005). Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. Editora Manole: p. 260-71.
Oliveira, J. C., Baldissera, V., Simoes, H. G., Aguiar, A. P., Azevedo, P. H. S. M. & Poian, P. A. F. et al. (2006). Identification of the lactate threshold and the blood glucose threshold in resistance exercise. Rev Bras Med Esporte. 12(6), 333-8.
Pal, S., & Radavelli-Bagatini, S, Ho. S. (2013). Potential benefits of exercise on blood pressure and vascular function. J Am Soc Hypertens.; 7(6), 494-506.
Panza, J. A. (1994). Endothelium-dependent vasodilatation and essential hypertension. N Engl J Med. 331(14), 951.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.
Snyder, H. (2019). Literature review as a research methodology: An overview and guidelines. Journal of business research, 104, 333-339.
Soave, J. L. (2012). Resposta hipotensora de idosas hipertensas é influenciada pelo grupamento muscular envolvido no exercício resistido. Motricidade.
Strohacker, K. et al. (2015). The use of periodization in exercise prescriptions for inactive adults: A systematic review. Preventive Medicine Reports. 2, 385–96.
Simão, R., Fleck, S. J., Polito, M., Monteiro, W. & Farinatti, P. (2005). Effects of resistance training intensity, volume, and session format on the post exercise hypotensive response. J Strength Cond Res. 19, 853-58.
Saco-ledo, G. et al. (2020) Exercise Reduces Ambulatory Blood Pressure in Patients With Hypertension: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. J Am Heart Assoc. 9(24), e018487. doi: 10.1161/JAHA.120.018487.
Teixeira, R.B. et al. (2018). Efeito do exercício resistido, executado em diferentes horas do dia na pressão arterial de idosos hipertensos. R. bras. Ci. e Mov. 26 (1), 94-104.
Umpierre, D. et al. (2019). The “Hypertension Approaches in the Elderly: a Lifestyle study” multicenter, randomized trial (HAEL Study): rationale and methodological protocol. BMC Public Health. https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12889-019-6970-3.
Ramis, T. R. et al. (2022). Effects of exercise modalities on decreased blood pressure in patients with hypertension. Frontiers in Physiologyfrontiersin.org.
Sriton, B. et al. (2022). Postexercise hypotension and heart rate variability response after water- and land-based high-intensity interval exercise in prehypertensive obese men. Journal of Exercise Rehabilitation. 18 (1), 57–67. doi: 10.12965/jer.2142644.322.
Stand, A. P. (1994). Exercise for patients with coronary artery disease. 26(3), 1-5.
https://www.fct.unesp.br/Home/Pesquisa/labsim/exercise_for_patients_with_coronary_artery.24.pdf
Swynghedauw, B. (1999). Molecular mechanismsof myocardial remodeling. Physiological Reviews. 79(1), 215-27
Tanindi, A., Ugurlu, M., & Tore, H.F. (2015) Blood pressure morning surge, exercise blood pressure response and autonomic nervous system. Scand Cardiovasc J. 49 (4), 220-7. doi: 10.3109/14017431.2015.1045934.
Umpierre, D. et al. (2019) The “Hypertension Approaches in the Elderly: a Lifestyle study” multicenter, randomized trial (HAEL Study): rationale and methodological protocol. BMC Public Health. https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12889-019-6970-3.
U.S. Preventive Services Task Force. (2007). Screening for high blood pressure: U.S. Preventive Services Task Force reaffirmation recommendation statement. Ann Intern Med. 147 (11), 783-6.
Veras-Silva, A. S. et al. (1997). Low-intensity exercise traning decreases Cardiac output and hypertension in spontaneously hypertensive rats. Am J Physiol. 273, 2627-31.
Yugar-Toledo, J. C. et al. (2015). Disfunção Endotelial e Hipertensão Arterial. Rev Bras Hipertens. 22(3), 84-92.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Carlos Alberto Castro Monteiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
