Perfil epidemiológico dos neonatos com transposição de grandes artérias no Brasil entre 2010 e 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48482Palavras-chave:
Anomalia congenita, Cardiopatia congênita, Neonatologia, Epidemiologia, Transposição das grandes artérias.Resumo
Introdução: O sistema cardiovascular é crucial para o desenvolvimento humano desde a fase embrionária, sendo essencial para a compreensão das cardiopatias congênitas, como a transposição das grandes artérias (TGA), onde as artérias principais do coração estão invertidas, comprometendo a oxigenação do sangue. Objetivo: Explorar o perfil epidemiológico dos neonatos diagnosticados com transposição de grandes artérias no Brasil entre os anos de 2010 e 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo de natureza epidemiológica, com abordagem quantitativa. Foram utilizados dados disponíveis no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), acessados via DATASUS, abrangendo neonatos com diagnóstico de TGA no Brasil de 2010 a 2022. Resultados: Foi possível identificar 521 nascidos vivos com transposição de grandes artérias (TGA) no Brasil. A maioria das mães (64,1% n= 334) tinha entre 25 e 34 anos, (72,6% n= 378) iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre e (77,0% n= 401) realizaram sete ou mais consultas. A taxa de cesarianas foi de (78,7% n= 410), e (84,5% n= 440) dos neonatos nasceram a termo, com (85,2% n= 444) apresentando peso adequado ao nascer. Apesar disso, (35,5% n= 185) dos recém-nascidos apresentaram algum grau de asfixia no 1º minuto e (14,1% n= 72) no 5º minuto de acordo com score Apgar. Conclusão: O estudo destaca a importância do acompanhamento pré-natal e do diagnóstico precoce para diminuir a morbidade e mortalidade associadas à transposição de grandes artérias.
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