Análise da cobertura vacinal no Brasil no período de 2018 a 2024
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i6.48989Palavras-chave:
Cobertura Vacinal, Programa Nacional de Imunizações, COVID-19, Hesitação Vacinal, Vacinação, Imunização, Saúde Pública.Resumo
O presente estudo objetivou descrever os dados epidemiológicos da cobertura vacinal no período de 2018 até 2024, procurando evidenciar possíveis alterações dos índices de cobertura, além de investigar a ocorrência de mudanças significativas da cobertura vacinal nos períodos pré-pandemia (2018-2019), durante a pandemia (2020-2021), e pós-pandemia (2022-2024), e discutir possíveis influências que podem ter gerado impacto nos índices. O trabalho evidencia que a queda da cobertura vacinal já era perceptível antes da pandemia, mas foi agravada significativamente durante o período de crise sanitária. Dificuldades no acesso aos serviços de saúde, medo da exposição ao vírus, e a disseminação de desinformação contribuíram para a redução nos índices. Após 2021, com o avanço da vacinação contra a COVID-19 e iniciativas como o Projeto Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV), observou-se uma recuperação progressiva das taxas. Apesar da melhora, muitos imunobiológicos ainda não atingem as metas preconizadas, principalmente em reforços e segundas doses. O estudo destaca também desafios persistentes, como a hesitação vacinal, problemas estruturais em regiões menos desenvolvidas, e desconhecimento da população sobre a importância da imunização. Conclui-se que o Brasil tem capacidade técnica para recuperar altos índices de cobertura vacinal, desde que haja continuidade em políticas públicas bem estruturadas e campanhas educativas.
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