Manejo da síndrome climatérica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i6.49059Palavras-chave:
Diagnóstico, Avaliação clínica, Tratamento, Climatério, Menopausa.Resumo
O objetivo do presente estudo foi identificar as principais estratégias para o manejo dos sintomas da síndrome climatérica em mulheres. Foi conduzida uma revisão narrativa de literatura conforme as recomendações da diretriz Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analysis (PRISMA) com de estudos disponíveis na base de dados PubMed. Foram incluídos apenas artigos publicados em inglês ou português, a partir de janeiro de 2014, com delineamento experimental ou observacional, população formada por mulheres no climatério que receberam algum tratamento para a síndrome climatérica. O diagnóstico de climatério e menopausa é clínico e pode ser complementado pela dosagem dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. O melhor tratamento para os sintomas vasomotores é a terapia de reposição hormonal combinada e sistêmica, que também é eficaz para a maioria dos sintomas da síndrome climatérica, incluindo os sintomas geniturinários, distúrbios do humor e sono, perda óssea e artralgias. A terapia hormonal transdérmica é uma alternativa segura, efetiva e que oferece menos efeitos adversos do que a sistêmica. Sintomas geniturinários isolados podem ser tratados com estrogênio vaginal, opção com bom perfil de segurança e resolutividade, ou com terapias alternativas, incluindo a prasterona tópica, ospemifeno oral, ácido hialurônico vaginal, lubrificantes e hidratantes vaginais. A depressão climatérica é um distúrbio de etiologia endócrina, por isso a terapia de reposição hormonal oferece resultados mais satisfatórios do que o tratamento com antidepressivos e psicotrópicos. Esta revisão sintetizou as evidências mais recentes sobre o manejo da síndrome climatérica, apresentando modalidades terapêuticas efetivas e seguras para a maioria das pacientes.
Downloads
Referências
Agrawal, S. et al. (2024). A randomized, pilot trial comparing vaginal hyaluronic acid to vaginal estrogen for the treatment of genitourinary syndrome of menopause. Menopause. 31(9), 750-5. https://doi.org/10.1097/GME.0000000000002390.
Alperin, M. et al. (2019). The mysteries of menopause and urogynecologic health. Menopause. 26(1), 103-11. https://doi.org/10.1097/gme.0000000000001209.
Baccaro, L. F. C. et al. (2022). Initial evaluation in the climacteric. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia / RBGO Gynecology and Obstetrics. 44(5), 548-56. https://doi.org/10.1055/s-0042-1750282.
Botelho, L. L. R., Cunha, C. C. A. & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão E Sociedade, Belo Horizonte-MG.121-136. https://doi.org/10.21171/ges.v5i11.1220.
Chen, F-P. et al. (2016). Efficacy of Femarelle for the treatment of climacteric syndrome in postmenopausal women: an open label trial. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology. 55(3), 336-40. https://doi.org/10.1016/j.tjog.2016.04.008.
Crossetti, M. G. M. (2012). Revisión integradora de la investigación en enfermería el rigor científico que se le exige. Maria Da Graça Oliveira Crossetti. Rev. Gaúcha Enferm. 33 (2): 8-9. Curta, J. C. & Weissheimer, A. M. (2020). Perceptions and feelings about physical changes in climacteric women. Revista Gaúcha de Enfermagem. 41 (spe). https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190198.
Dyk, K. V. & Carroll, J. E. (2024). Shining a spotlight on sleep disturbance related cognitive impairment and relevance to menopause. SLEEP. https://doi.org/10.1093/sleep/zsae136.
Guerra, G. E. S. et al. (2019). Quality of life in climacteric women assisted by primary health care. PLOS ONE. 14(2), e0211617. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0211617.
Kagan, R., Kellogg-Spadt, S. & Parish, S. J. (2019). Practical treatment considerations in the management of genitourinary syndrome of menopause. Drugs & Aging. 36 (10), 897-908. https://doi.org/10.1007/s40266-019-00700-w.
Kingsberg, S. et al. (2024). Real-world evaluation of treatment utilization by women experiencing vasomotor symptoms associated with menopause in the United States and Europe: Findings from the REALISE study. Maturitas, p. 108096. https://doi.org/10.1016/j.maturitas.2024.108096.
Leite, R. R. et al. (2022). Clustering of behavioral risk factors for chronic noncommunicable diseases in climacteric women. Einstein (São Paulo). 20. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2022ao6153.
Acesso em: 1 nov. 2024. Marlatt, K. L. et al. (2021). Body composition and cardiometabolic health across the menopause transition. Obesity. 30(1), 14-27. https://doi.org/10.1002/oby.23289.
Nair, A. R., Pillai, A. J. & Nair, N. (2020). Cardiovascular changes in menopause. Current Cardiology Reviews. 16. https://doi.org/10.2174/1573403x16666201106141811.
Nappi, R. E. et al. (2021). Global cross-sectional survey of women with vasomotor symptoms associated with menopause: prevalence and quality of life burden. Menopause. 28 (8), 875-82. https://doi.org/10.1097/gme.0000000000001793.
Nelson, S. M. et al. (2023). Anti-Müllerian hormone for the diagnosis and prediction of menopause: a systematic review. Human Reproduction Update. 29(3), 327-46. https://doi.org/10.1093/humupd/dmac045.
Page, M. J. et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. Journal of Clinical Epidemiology. 134, 178-89. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2021.03.001.
Acesso em: 17 jan. 2024. Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM. Salari, Nader et al. (2023). Global prevalence of sleep disorders during menopause: a meta-analysis. Sleep and Breathing. https://doi.org/10.1007/s11325-023-02793-5.
Sarri, G. et al. (2017). Vasomotor symptoms resulting from natural menopause: a systematic review and network meta-analysis of treatment effects from the National Institute for Health and Care Excellence guideline on menopause. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology. 124(10), 1514-23. https://doi.org/10.1111/1471-0528.14619.
Scavello et al. (2019). Sexual health in menopause. Medicina. 55(9), 559. https://doi.org/10.3390/medicina55090559.
Shapiro, C. M. et al. (2024). Effect of fezolinetant on sleep disturbance and impairment during treatment of vasomotor symptoms due to menopause. Maturitas. 107999. https://doi.org/10.1016/j.maturitas.2024.107999.
Snyder, H. (2019). Literature review as a research methodology: An overview and guidelines. Journal of business research, 104, 333-339. Sorpreso, I. C. E. et al. (2020). Diagnosis and referral flow in the single health system for climacteric women. Revista da Associação Médica Brasileira. 66(8), 1036-42. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.8.1036.
Sorpreso, I. C. E. et al. (2021). Brazilian National Policy of Comprehensive Women’s Health Care and mortality during climacteric period: has anything changed? BMC Public Health. 21(1). https://doi.org/10.1186/s12889-021-10556-8.
Stuenkel, C. A. et al. Treatment of symptoms of the menopause: an endocrine society clinical practice guideline. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 100(11), 3975-4011, nov. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1210/jc.2015-2236.
Ward, E. et al. (2018). Patterns of cardiometabolic health as midlife women transition to menopause: a prospective multiethnic study. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. 104(5), 1404-12. https://doi.org/10.1210/jc.2018-00941.
Wild, R. A. et al. (2021). Cardiovascular disease (CVD) risk scores, age, or years since menopause to predict cardiovascular disease in the Women's Health Initiative. Menopause. 28(6), 610-8. https://doi.org/10.1097/gme.0000000000001753.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Isabella Cavallo; Maria Lucia Fim Rodrigues; Mateus Ramos Rodrigues; Luiz Gustavo Peron Martins

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.