Balanços Patrimoniais de 2020, 2021, 2022 e 2023 do Estado de Minas Gerais: Análises de inconsistências com base na teoria da divulgação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48494Palavras-chave:
Balanço Patrimonial, Restos a Pagar Não Processados, Inconsistências Contábeis, Teoria da Divulgação.Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar se existem inconsistências contábeis nos Balanços Patrimoniais do estado de Minas Gerais (MG) referentes aos exercícios financeiros de 2020, 2021, 2022 e 2023, com base na Teoria da Divulgação. Para a realização da pesquisa, os dados foram coletados no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), no Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União, Estados e Municípios (SADIPEM), no site Visão Integrada das Dívidas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e no Portal de Transparência de Minas Gerais. Os resultados apontaram as seguintes inconsistências contábeis nos Balanços Patrimoniais: inconsistências entre valores do Passivo Real e Passivo Exigível mais Restos a pagar não processados (RPNP), com a ocultação da informação de RPNP; divergência no SICONFI entre os valores do Passivo Exigível com o Passivo Real, com a exclusão dos RPNP do passivo circulante; valores inconsistentes das dívidas, o que provoca divergências na apuração dos saldos contábeis. Houve também divergências de valores de itens que compõem o Balanço Patrimonial divulgados nos sítios eletrônicos do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI) e Portal de Transparência de Minas Gerais. Conclui-se, portanto, que os valores registrados nos Balanços Patrimoniais dos exercícios financeiros de 2020, 2021, 2022 e 2023 não representam a situação patrimonial do estado de Minas Gerais - MG. Outrossim, o problema de pesquisa foi solucionado, pois foram evidenciadas inconsistências contábeis.
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